Educação online: Aprender em qualquer lugar 

 

Educação online é ensinar por meios digitais, sem aulas presenciais ou mesclando aulas/ atividades presenciais e online. Assim, o importante é que tenha o meio digital  dentro da grade de ensino. 

As aulas online começaram em baixa. No começo, os cursos eram discriminados. Isso porque todos achavam que, sem a parte presencial, era impossível ter uma educação de qualidade. Afinal de contas, muito da educação vem do contato professor e aluno. Assim, muitos achavam que tal fator seria perdido na educação online.

 

 

Nesse sentido, foi com o crescimento das tecnologias e melhora das disciplinas e técnicas, que os cursos online evoluíram. Hoje, eles são divididos em EAD ( Ensino à Distância) e semipresenciais.

A seguir, vamos explicar o papel dos dos dois na educação online.

 

Educação online e o EAD

 

EAD ( Educação à Distância) são os cursos universitários, cursos livres e corporativos, ministrados de maneira online. Dentro da educação online, os EADs são os que têm a maior parte do conteúdo através dos meios digitais.

Segundo pesquisa realizada pela ABED ( Associação Brasileira de Ensino à Distância), em 2018, os cursos cresceram 17%. Neles, estão presentes mais de 9 milhões de alunos, que optam pela educação online. Destes, 43% fazem cursos em instituições da região sudeste do Brasil.

Passo a passo, os EADs vêm ganhando credibilidade junto com o ensino online. Inclusive, nas 10 maiores universidades de Ensino à Distância do Brasil, temos cursos que são iguais ou melhor avaliados pelo MEC do que os seus pares presenciais.

 

educação online

 

Mas não pense que os EADs não podem ter nenhum conteúdo presencial. Ao contrário, nos cursos, há datas presenciais com encontros que variam entre semestrais e anuais. Além disso, eles são obrigatórios para a formação dos alunos. 

Inclusive, há um modelo de educação online semipresencial com base no EAD, que falaremos um pouco mais a seguir.

 

Os 2 modelos de educação online semipresencial  

 

A educação online semipresencial é feita de duas formas no Brasil: com cursos do modelo presencial e adaptados do modelo EAD.

Cursos Semipresenciais vindos do sistema presencial

Dentro da Educação Online, temos os cursos semipresenciais. Podemos dizer que foram os primeiros a surgir. Além disso, eles começaram como parte da formação de alunos de cursos presenciais. Em geral, eram “bônus”, com conteúdos extras, que pudessem agregar mais conhecimento aos estudantes interessados. 

Este formato ficou conhecido como os cursos vindos do sistema presencial. Pois, se analisarmos bem, é somente a adequação de algumas matérias do presencial para o online. 

Contudo, com a evolução das tecnologias e a regulamentação do estado, eles viraram um tipo de formação que mescla o digital e o presencial. Para ser validado como semipresencial, o curso pode ter, no máximo, 20% do seu conteúdo ministrado de maneira online.

Fica a cargo das instituições de ensino dizerem para os seus alunos quando serão feitas as aulas presenciais. Além disso, as avaliações finais dos cursos têm que ser feitas de maneira presencial.

O semipresencial EAD

Os semipresenciais baseados no EAD foram criados pelas principais instituições de educação online do país, com o intuito de mesclar, de fato, os dois modelos. Tudo com o intuito de fazer com que os alunos pudessem usufruir mais do espaço e da infraestrutura das universidades.

Assim, eles têm aulas nas instituições uma ou duas vezes por semana, além de atividades fixas dentro da universidade. Muitos cursos neste formato oferecem a transmissão ao vivo das aulas, com os professores na instituição, utilizando os equipamentos, enquanto os alunos assistem de casa.

 

3 problemas centrais da educação online

 

Mas, como todos sabemos, nem tudo são flores em nenhuma área da humanidade. Portanto, a educação online também sofre com problemas estruturais que precisam ser citados:

Muitos abandonos

A educação online ainda sofre muito com a alta taxa de evasão escolar. Sendo assim, muitos alunos abandonam os cursos no meio, por diversos motivos. Estes vão desde os alunos que deixam por falta de tempo, até a falta de humanidade do curso.

Falta de humanidade

Principalmente no sistema EAD, uma das maiores críticas vem da falta de humanidade dos cursos. Mesmo com interações em sequência, diálogo com os professores e amigos virtuais, a pessoa pode se sentir deslocada e desistir pela falta de um ombro amigo para chorar depois da nota baixa.

Além disso, outro fator que entra nesse campo, mas que merece uma abordagem especial, com um tópico próprio, é a falta de acessibilidade de muitos cursos de educação online.

Acessibilidade

Essa é uma pauta mais humana. A falta de acessibilidade é um problema estrutural da educação online. Por falta de aparato – ou de tecnologia mesmo- , muitos alunos com necessidades especiais não conseguem fazer os cursos da melhor maneira possível.

E isso aborda todos os tipos de deficiência. Segundo a pesquisa mais recente do ABAD, 18,5% dos cursos não têm nenhum programa de acessibilidade. Tal postura causa dificuldade para que cegos, surdos ou até mesmo pessoas com cegueira parcial consigam participar das aulas e concluir os cursos de educação online.

Educação online e a desigualdade social

 

Para ter uma boa educação online, você precisa ter um bom computador; para ter um bom computador, com uma boa internet, você precisa de dinheiro. É neste círculo vicioso que se instaura a educação online. Em tempos de pandemia, tal situação se mostrou ainda mais grave.

Segundo matéria da revista Forbes, que você pode conferir clicando aqui, o acesso à internet é tão importante para a igualdade social contemporânea, quanto a eletricidade. Segundo pesquisa citada na matéria, 48% dos brasileiros das classes C e D não têm acesso à rede mundial de computadores.

 

 

 

Assim, metade da população mais pobre do país nem pode sonhar em fazer um curso online. Outro ponto fundamental nesta discussão é a qualidade do acesso. A educação online evoluiu muito. Assim, os materiais ficaram mais pesados, necessitando de uma ótima conexão para que o aluno possa se manter focado.

Por um lado, tal avanço é bom. Mas, se pensarmos que, dentro dos brasileiros que têm acesso à internet, uma grande parte tem conexões fracas, com acesso limitado, começamos a ver um problema. Segundo matéria do uol, 94% dos provedores brasileiros, oferecem internet inadequada para assistir vídeos ou baixar arquivos.

 Uma ferramenta para todos

 

Que a educação online é uma ferramenta potente para o presente da humanidade, isso é óbvio. Entretanto, também é óbvio que temos que refletir se a educação online será um campo aberto para todos, ou mais um polo exclusivo das áreas mais ricas da humanidade, que vai colaborar para aumentar o buraco da desigualdade social.

Agora, nós, da Gerando Falcões, queremos dar acesso à internet + educação online para crianças e jovens das periferias.

Afinal de contas, se a internet é mais ou tão importante que a eletricidade, temos que fazer nossos jovens terem acesso a ela.

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